sábado, 24 de novembro de 2018

COMUNICADO



A Frente de Libertação dos Açores (FLA) participa no dia 24 e 25 novembro no Encontro Internacional de Movimentos Independentistas, a realizar em Las Palmas, Canárias, organizado pela ANC - Assembleia Nacional da Catalunha e pelo e pelo CDTNAC – Conselho para a Descolonização e Transição Nacional do Arquipélago das Canárias, respondendo ao convite formulado pelo Comissário e Presidente Permanente do CDTN, onde farão representar outras dezasseis Nações sem Estado e Colónias.

A organização deste evento estará a cargo da Assembleia Nacional Catalã e do Conselho para a descolonização e transição nacional do arquipélago das Canárias. Neste encontro estarão presentes representantes da Catalunha, Escócia, Irlanda, Córsega Ilhas Faroé, Véneto, Gibraltar, Líbia, Ceuta e Mélia (enclave espanhol, bem dentro do território marroquino), Kabila, Nova Caledónia (colónia francesa), Marrocos. Martinica (colónia francesa) e Açores.

Do “Programa”, e no Relatório das Nações participantes, estará incluída, a comunicação do representante da FLA, no qual se apresentará a visão sobre a situação atual dos Açores sobre o sistema autonómico, que não é mais do que a ferramenta que permite a manutenção de uma cultura centralista e colonialista por parte de Lisboa, que, perante as leis e a constituição portuguesa, relega a autonomia a um estatuto de colónia. Nesta comunicação será salientando o facto de nos Açores, ao contrário de noutros Estados sem nação e colónias, serem proibidos partidos açorianos, principalmente se forem independentistas, bem como, o facto de o atual estatuto não permitir aos órgãos de soberania dos Açores a administração e gestão do Mar dos Açores da ZEE, que faz parte do território açoriano e da exploração da sua plataforma marítima, bem como do seu Espaço Aéreo.

Esta conferência salienta o paradigma de persistência colonial e decadente dos Estados, que foram potencias colónias, e dão continuidade ao saque das regiões que ocupadas de forma a retirarem proveitos estratégicos da ocupação que fazem das regiões que ocupam.

Assim, para manifestar o apoio a uma luta de reivindicação democrática e pacifica pelos direitos dos povos a lutarem pelos seus direitos, a FLA participará neste encontro.

A FLA, no seguimento de uma nova estratégia, e de uma nova abertura de aproximação aos seus congêneres europeus, tem estabelecido uma série de contactos que têm aproximado a sua ação à luta dos europeus que, tal como nós, são oprimidos nas suas pretensões.

Viver numa região onde se tapa a boca dos locais e depois se fala em seu nome é uma condição inaceitável. Denunciar esta condição é dever de todos os Homens que se dizem democratas. Esta condição tem vindo a granjear grandes simpatias nos nossos congéneres europeus, provocando grande indignação junto daqueles que, tal como nós, lutam pela autodeterminação dos seus povos.

Para além de uma luta posições, o que está em causa é uma luta de direitos que estão consagrados em todos os documentos daqueles que se dizem defensores dos direitos democráticos. É inaceitável que existam cidadãos que possam exercer a sua cidadania em pleno, enquanto que outros tenham que estar condenados a ter que aceitar o silêncio como única solução.

Quando se procura participação democrática no exterior é porque na nossa casa não sabe o que é democracia, o que deveria envergonhar todos aqueles que se dizem democratas.




Ponta Delgada, 23 de novembro de 2018




O presidente do Diretório da Frente de Libertação dos Açores




Rui Machado de Medeiros

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